Sim, lembrarei de você todas as noites enquanto desmaio a cabeça num preguiçoso travesseiro; nas manhãs, antes de começar meu dia, serás também a primeira pessoa na qual pensarei, -antes mesmo de espantar a preguiça contagiosa- vivendo no clichê do desejo. E se a lembrança do pulso me bater na veia, este tenderá a acelerar, levando o que me faz pensar tanto em ti a gritar mais alto pelo que te traz. Pelo barulho, a recordação viria mais forte e neste crescente chegaria a me espancar o peito. Um movimento já se confundindo com o seguinte e quando o músculo já estivesse vibrando, esquecido de pulsar de tão apressado, eu deixaria de reconhecer essas batidas e começaria meu dia.
Tentaria ioga, esvaziaria a cabeça mas o coraçãoaindacheio não sossegaria. Esvaziaria garrafas enchendo cinzeiros sem nunca encontrar o tal amor tranquiloequilibrado, procurado ardente no meio de uma gota ou pingando latejante de qualquer brasa.
Entre brasas e cinzas, sequer conseguiria findar nossa história, tamanhas opções de caminhos para tropeçar... tamanho conteúdo para traduzir e expor nas letras desse moleque aprendiz,.
Matheus, 05/10/10
Vou levar esses rastros comigo também.
ResponderExcluirAmei seu texto, parabéns! *-*
Beijos
É muito difícil mesmo viver um dia normal, cheio de funções a desempenhar, guardando um sentimento explosivo no coração, na memória e na pele.
ResponderExcluirBom texto!
Obrigada