domingo, 16 de outubro de 2011

Improváveis


Se temos para dois tanto e tão pouco tempo, que dos beijos percamos a conta. Que não baste o ar que falta, nem a confissão desengasgada correndo pelo ouvido. Tampouco bastem os segredos desvelados no relance de olhares ébrios. Que cada gesto carregue a intensidade de uma despedida, tendo ainda acesa a imprevisão de uma estreia.
E façamos florir o que de mais bonito houver nesse campo onde as coisas carecem de nomes, mas transbordam de significados. Que atravessemos confundindo as pernas o nosso tempo de madrugadas e risos frouxos. Com o infinito no olhar efêmero, que sejamos justos com a nossa ventura. É o melhor que podemos fazer.

Matheus

6 comentários:

  1. Olá, Matheus! Fiquei encantada com suas palavras. Cada frase foi de um verdadeiro poeta e de uma simplicidade e sentimento incríveis! Com certeza virei inúmeras vezes por aqui.
    Muito obrigada pelo comentário no meu blog.

    Beijos, Bia.

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  2. Aproveitar o cada momento como se fosse o último, importante isso.
    Parabens pelo texto, estou te seguindo
    beijos

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  3. "Que cada gesto carregue a intensidade de uma despedida" lindo Matheus! Pois é, faz tempo que também não apareço aqui. Li outros posts, fiquei encantada com 'é melhor que caminhar vazio' e 'memória' =D Beijo.

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  4. De fato os nomes não são nada, o que importa são os significados.

    Gostei imenso, Matheus.

    Um beijo.

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  5. Que coisa mais bonita de se ler... Cada frase soa como prece, desejo... soa com vida latente em veias abertas!Encantada!

    Um suspiro!

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