Segundas feiras sabem ser duras. Na garganta resiste um resto de perda, de álcool do final de semana. E o corpo já quase inerte segue adiante como que sem sentir o mundo batendo a cada passo. A cabeça, adormecida dos demônios da vida, é simples. Direta ao ponto. Na segunda não podemos com spam, com filas, com esperar pelo troco. É como um carro sem freio que queremos parar após tê-lo acelerado demais. Quase sem combustível, a gente tira o pé do acelerador e apenas assiste, torce para não bater em nada, para não incomodar nem ser incomodado. Depois, quando vamos parando, quando o dia vai terminando, talvez venha pequeno um impulso de movimento, ainda vagaroso, ainda preguiçoso, quase indiferente.
Matheus
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