quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Eu perdi a conta dos dias, acho que por não ter falado com você na maior parte deles. Períodos assim me parecem mesmo perdidos demais para conta. Conto contigo para quando a sua chegar ao fim, ao dez, quando minha alegria começa. Fico pensando, será que chega logo? Ando louco para chegar aí e sentir seu corpo caber entre meus braços, meu olhar caber dentro do seu...
Mas como contar? Primeiro, segundo, terceiro, quarto, copa, sala, lugares onde a procuro quando acordo. Cantos onde a vejo improvável na hora de dormir. Tão natural agir como se tudo já estivesse acontecendo. O sonho se estranha de ser sonho só.
Afinal, o que é uma diferença numérica perante o tamanho do que a gente sente?


Matheus Marins - 10/08/10

2 comentários:

  1. O que a gente sente, não tem contagem...
    Os números se despedaçam diante dos nossos sentidos...

    Muito bom!

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  2. Gosto do jeito que você escreve, como distribui as palavras. Me faz sorrir, mesmo quando é pra ficar triste - porque não deixa de ser bonito.

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