segunda-feira, 28 de junho de 2010

Despedaço

Como faço para você deixar essa ideia de ir embora sem ter nem chegado, de se aproximar mas ficar flutuante entre a superfície e o fundo? Nem na borda e nem entregue. Segura numa sobriedade inentendível, questionando em silêncio a veracidade de meu anseio e me fazendo duvidar de seus desejos em meio a tanto barulho. Eu diria que, se você mergulhar agora mais fundo que se pensava capaz, encontrará lá, derramada no abismo do encontro iminente, a minha alma. Aí então bastará achar a outra parte de mim. Não é você. É o meu corpo, que se perdeu por aí em suas andanças sem encontrar o que queria.

Matheus Marins Alvares – 28/06/10

4 comentários:

  1. Matheus, lindas suas palavras, encantadores seus versos, agradável seu espaço. Bj e obrigada pela visita ao meu espaço.

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  2. Gostei do teu texto.Dessa poesia romântica e transparente,me fez lembrar um pouco de Vinicius de Moraes.Poesia é caminhar sem por os pés no chão. Parabéns. Paz e poesia !

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  3. Tenho adorado as coisas que você escreve. Esse então, gostei demais!
    Beijos

    Ah, e obrigada pelo comentário! ^^

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  4. Eu leio tudo que vc escreve como se fosse pra mim , mas esse , foi mesmo pra mim...

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