Nada mais meu que essas estrofes soltas. E nada tão significativo como sua parte na canção. Aquela da qual a gente logo lembra quando canta depois - "essa música não sai da cabeça" - e a quase gritamos em exaltação. Os demais pedaços são sombra, metade, coadjuvantes que só os ouvidos mais assíduos conhecem.
Se o tal resumo de vida atual acabar bem, não será numa estrofe solta, mas no refrão repetido, repetido, repetido, abaixando o volume primeiro sem perceber, depois percebemos, nos preparamos para o fim cantando. Abaixando, baixinho, até nos deixar vasculhando por uma última nota no ar. Esperando aquele verso de novo por favor, só uma vez mais. E, mesmo sem que o dueto desafinado de cordas frouxas tenha dado tão certo, ficamos cantarolando sem música no escritório, no ponto de ônibus, no chuveiro. Mas a próxima faixa quer começar a tocar.
Com muita preguiça,
Matheus Alvares - 05/11/10
O problema é que algumas vezes não queremos tirar certas músicas da cabeça
ResponderExcluir'Todas as estrofes procuram seu refrão, assim como meus caminhos buscam você.' own, é desse jeito comigo ;~ Adorei o texto. Abraço forte.
ResponderExcluir"Todas as estrofes procuram seu refrão, assim como meus caminhos buscam você." também adorei essa parte, adorei tudo. "Mas a próxima faixa quer começar a tocar"
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