Fui pruma terra distante
Terra da cachaça, chapéu de couro e águas calmas
De tudo vi. No caminho até lá foram mil instantes
Da violência do mundo até paisagens de se bater palmas
Lá chegando me deparei com chapéu e chimarrão
Misturas do meu Brasil louco, grande, em pouco espaço, tanto.
Sotaque do nordeste em nego com cara de alemão
Gente que desconhece o samba, fotografei com caixa de papelão
No riacho me banhei
E no quilombo, por uma beleza me arrepiei.
Doei e recebi
Cultura, calor, amor, sorriso. Me encantei.
Dancei, cantei, bebi, aprendi, dividi meu desvario
Troquei as pernas, juntei os passos
Nunca antes imaginara. Pessoas tão loucas de tão diferentes espaços.
Não caí, mas levantei
Esqueci
Caí mas não senti
Gostei de ti e não menti
Vi, vivi, aplaudi
Ao seu lado dormi, ao seu lado sorri
Flutuei e lá do alto olhei
O sol e a ponta, a árvore e o pau
Chegando por aqui, saudoso fiquei
Pelos cantos, encanto. Senti a brisa e me alegrei
Algo aconteceu no meu coração
Enfim confessei
Dias passarão, esses ficarão
Pra quem perdeu, não há perdão
Por isso tudo, sou muito louco de paixão.
Matheus Marins
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