quarta-feira, 12 de agosto de 2009

De quando em quando

Quando sou pouco
Afasto a solidão
Te lendo em versos moucos
Escondo minha paixão

Quando sou sincero
Me pego em suas mãos
Qualquer cigano pode ler
Eu nas suas marcas, querendo morrer

Quando vazio
Te imagino e transbordo nesse amor
Quando cheio
Esgoto em você minhas mágoas de dor

Quando sou hora
Quem me dera você comigo a cada volta
Quando sou produto
Não sei até quando vai o meu prazo antes de um substituto

Quando fico louco
Abro um sorriso frouxo, fecho meus olhos e vejo você
Quando esparso
Procuro em meu corpo qualquer resquício de um beijo derramado

Quando te quero
Você não me quer, não adianta se espero
Quando sou seu
Eu sou seu e você é de você

Quando multiplico
Dobro minhas cartas
Aumento o desejo
Quero enviar, mas não posso te indignar

Quando somo
Junto a saudade com a paixão
Adiciono vontade e estou roto na solidão

Quando é subtração
Tiro os 4 cantos da cidade a te buscar
Vejo o amor num caixão
Durmo e enfim consigo não sonhar

Quando desisto
Você me olha nos olhos e me reincida a te querer.
De volta à cidade,
Não quero ver outro dia amanhecer.

Matheus Marins Alvares

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