Quando sou pouco
Afasto a solidão
Te lendo em versos moucos
Escondo minha paixão
Quando sou sincero
Me pego em suas mãos
Qualquer cigano pode ler
Eu nas suas marcas, querendo morrer
Quando vazio
Te imagino e transbordo nesse amor
Quando cheio
Esgoto em você minhas mágoas de dor
Quando sou hora
Quem me dera você comigo a cada volta
Quando sou produto
Não sei até quando vai o meu prazo antes de um substituto
Quando fico louco
Abro um sorriso frouxo, fecho meus olhos e vejo você
Quando esparso
Procuro em meu corpo qualquer resquício de um beijo derramado
Quando te quero
Você não me quer, não adianta se espero
Quando sou seu
Eu sou seu e você é de você
Quando multiplico
Dobro minhas cartas
Aumento o desejo
Quero enviar, mas não posso te indignar
Quando somo
Junto a saudade com a paixão
Adiciono vontade e estou roto na solidão
Quando é subtração
Tiro os 4 cantos da cidade a te buscar
Vejo o amor num caixão
Durmo e enfim consigo não sonhar
Quando desisto
Você me olha nos olhos e me reincida a te querer.
De volta à cidade,
Não quero ver outro dia amanhecer.
Matheus Marins Alvares
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Pra Registrar
Fui pruma terra distante
Terra da cachaça, chapéu de couro e águas calmas
De tudo vi. No caminho até lá foram mil instantes
Da violência do mundo até paisagens de se bater palmas
Lá chegando me deparei com chapéu e chimarrão
Misturas do meu Brasil louco, grande, em pouco espaço, tanto.
Sotaque do nordeste em nego com cara de alemão
Gente que desconhece o samba, fotografei com caixa de papelão
No riacho me banhei
E no quilombo, por uma beleza me arrepiei.
Doei e recebi
Cultura, calor, amor, sorriso. Me encantei.
Dancei, cantei, bebi, aprendi, dividi meu desvario
Troquei as pernas, juntei os passos
Nunca antes imaginara. Pessoas tão loucas de tão diferentes espaços.
Não caí, mas levantei
Esqueci
Caí mas não senti
Gostei de ti e não menti
Vi, vivi, aplaudi
Ao seu lado dormi, ao seu lado sorri
Flutuei e lá do alto olhei
O sol e a ponta, a árvore e o pau
Chegando por aqui, saudoso fiquei
Pelos cantos, encanto. Senti a brisa e me alegrei
Algo aconteceu no meu coração
Enfim confessei
Dias passarão, esses ficarão
Pra quem perdeu, não há perdão
Por isso tudo, sou muito louco de paixão.
Matheus Marins
Terra da cachaça, chapéu de couro e águas calmas
De tudo vi. No caminho até lá foram mil instantes
Da violência do mundo até paisagens de se bater palmas
Lá chegando me deparei com chapéu e chimarrão
Misturas do meu Brasil louco, grande, em pouco espaço, tanto.
Sotaque do nordeste em nego com cara de alemão
Gente que desconhece o samba, fotografei com caixa de papelão
No riacho me banhei
E no quilombo, por uma beleza me arrepiei.
Doei e recebi
Cultura, calor, amor, sorriso. Me encantei.
Dancei, cantei, bebi, aprendi, dividi meu desvario
Troquei as pernas, juntei os passos
Nunca antes imaginara. Pessoas tão loucas de tão diferentes espaços.
Não caí, mas levantei
Esqueci
Caí mas não senti
Gostei de ti e não menti
Vi, vivi, aplaudi
Ao seu lado dormi, ao seu lado sorri
Flutuei e lá do alto olhei
O sol e a ponta, a árvore e o pau
Chegando por aqui, saudoso fiquei
Pelos cantos, encanto. Senti a brisa e me alegrei
Algo aconteceu no meu coração
Enfim confessei
Dias passarão, esses ficarão
Pra quem perdeu, não há perdão
Por isso tudo, sou muito louco de paixão.
Matheus Marins
sábado, 6 de junho de 2009
Palavras
Ponho-me a escrever, com mão ou máquina vejo palavras que se encontram, se combinam, dialogam, criam. Fazem mágica em seu movimento. Na imaginação, um milagre. Sinto-me parado a voar no mirante da cidade milagrosa de palavras, todo um mapa na minha mente embaralhada, ilimitada. Com palavras e letras sinto que posso chegar a qualquer lugar.
Junto a verde e a fruta e enxergo pêra, pinha, limão
Troco a fruta pela chão e acho gramado
Coloco a vermelho na preto e tenho paixão
Junto a branco com a negro e vejo miscigenação
Troco termos e mudo o assunto. De frase em frase reproduzo o que me dá vontade
mas não esqueço e assumo: tem coisa que palavra não consegue passar.
A palavra saudade só existe no português, mas na língua que for não faltam gestos pra podê-la expressar. Não há quem a explique, não há quem não a entenda.
O amor pode ser expresso em qualquer língua, mas de ich liebe dich até ya tebya liubliu, nunca vi alguém não preferir um gesto sincero.
Verdade que gestos também são limitados, mas completados pela palavra e vice versa.
É que todos são limitados, mas quando se unem, podem muito mais, alcançam muito mais.
Verbos, atitudes, sujeitos, pessoas, conectivos, tempo, predicados, objetos diretos e indiretos me levando direta e indiretamente onde eu quiser chegar.
Disso não posso me privar
No universo de palavras crio planetas, pessoas, histórias.
Vivo o que não vivo.
O que não vale é não deixar
A imaginação te levar.
Matheus Marins
Junto a verde e a fruta e enxergo pêra, pinha, limão
Troco a fruta pela chão e acho gramado
Coloco a vermelho na preto e tenho paixão
Junto a branco com a negro e vejo miscigenação
Troco termos e mudo o assunto. De frase em frase reproduzo o que me dá vontade
mas não esqueço e assumo: tem coisa que palavra não consegue passar.
A palavra saudade só existe no português, mas na língua que for não faltam gestos pra podê-la expressar. Não há quem a explique, não há quem não a entenda.
O amor pode ser expresso em qualquer língua, mas de ich liebe dich até ya tebya liubliu, nunca vi alguém não preferir um gesto sincero.
Verdade que gestos também são limitados, mas completados pela palavra e vice versa.
É que todos são limitados, mas quando se unem, podem muito mais, alcançam muito mais.
Verbos, atitudes, sujeitos, pessoas, conectivos, tempo, predicados, objetos diretos e indiretos me levando direta e indiretamente onde eu quiser chegar.
Disso não posso me privar
No universo de palavras crio planetas, pessoas, histórias.
Vivo o que não vivo.
O que não vale é não deixar
A imaginação te levar.
Matheus Marins
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Morena Sem Nome
Veja a morena, beleza de se admirar.
Esbelta, elegante, olhos azuis combinando com o mar.
A tristeza em seu rosto anuncia
O seu programa para o fim da tarde, quando surge a lua.
Ah, ela faz a alegria do porto.
Anda rebolando com simplicidade
Simples assim, fica com qualquer garoto,
Só por necessidade.
O seu problema não é solidão
Talvez seja falta de paixão
Já que tanto lhe maltratam sem compaixão
Ela faz de tudo, só por um tostão (Quem dá mais? Quem dá mais?)
Roda sua bolsa no posto
Rola com qualquer moço
É contra sua vontade
Ser humilhada assim sem piedade
Quem lhe dera o cafetão escutar sua vontade
Antes de jogar-lhe num caminhão para fazerem-lhe toda a maldade.
É a sua profissão. (Quem dá mais? Quem dá mais?)
Quisera seu coração poder bater com tranquilidade e paz
Vendo seu corpo ser para um só rapaz
Essa não foi sua sina
Deus não atendeu ao seu pedido
Então toda noite vem o diabo e a ilumina.
Sob a luz vermelha
Ela encanta Emanuel, Miguel, Rafael.
Mãe de três filhas
Que não sabe se são de Gabriel, Jesiel ou Daniel.
Ela ainda sonha com um amor de verdade
Entre as amigas de trabalho, seu sonho é piada
Sabe que o seu trabalho não tem a menor dignidade
Toda noite, a chamam de safada, cachorra, mal criada.
Vende seu corpo pro Brasil
Por esse destino, jamais pediu.
Mas a pátria mãe gentil
A fez crescer longe de onde se divertem o Sílvio Santos e Raul Gil.
Ela sofre de carência
Carência capital
Tem que fazer tudo no esquema
Para conquistar qualquer real. (Quem dá mais? Quem dá mais?)
A morena é quem dá mais
Dá calor, vende amor, morre por dentro
Esquece seu sentimento
Ignora seu desalento quando deita na cama para não descansar.
Matheus Marins Alvares
Esbelta, elegante, olhos azuis combinando com o mar.
A tristeza em seu rosto anuncia
O seu programa para o fim da tarde, quando surge a lua.
Ah, ela faz a alegria do porto.
Anda rebolando com simplicidade
Simples assim, fica com qualquer garoto,
Só por necessidade.
O seu problema não é solidão
Talvez seja falta de paixão
Já que tanto lhe maltratam sem compaixão
Ela faz de tudo, só por um tostão (Quem dá mais? Quem dá mais?)
Roda sua bolsa no posto
Rola com qualquer moço
É contra sua vontade
Ser humilhada assim sem piedade
Quem lhe dera o cafetão escutar sua vontade
Antes de jogar-lhe num caminhão para fazerem-lhe toda a maldade.
É a sua profissão. (Quem dá mais? Quem dá mais?)
Quisera seu coração poder bater com tranquilidade e paz
Vendo seu corpo ser para um só rapaz
Essa não foi sua sina
Deus não atendeu ao seu pedido
Então toda noite vem o diabo e a ilumina.
Sob a luz vermelha
Ela encanta Emanuel, Miguel, Rafael.
Mãe de três filhas
Que não sabe se são de Gabriel, Jesiel ou Daniel.
Ela ainda sonha com um amor de verdade
Entre as amigas de trabalho, seu sonho é piada
Sabe que o seu trabalho não tem a menor dignidade
Toda noite, a chamam de safada, cachorra, mal criada.
Vende seu corpo pro Brasil
Por esse destino, jamais pediu.
Mas a pátria mãe gentil
A fez crescer longe de onde se divertem o Sílvio Santos e Raul Gil.
Ela sofre de carência
Carência capital
Tem que fazer tudo no esquema
Para conquistar qualquer real. (Quem dá mais? Quem dá mais?)
A morena é quem dá mais
Dá calor, vende amor, morre por dentro
Esquece seu sentimento
Ignora seu desalento quando deita na cama para não descansar.
Matheus Marins Alvares
sábado, 24 de janeiro de 2009
es Piadinha do dia
Chega um homem no bordel. Há duas portas. Numa delas há uma placa dizendo: '50 reais', e na outra uma placa dizendo: '500 reais'.
Ele pensa: 'Bem, vamos começar pela de cinquenta'.
Entra e vê uma pequena sala, onde encontra uma vaca. Mas já que pagou, transa com a vaca.
Volta no dia seguinte, pois fica curioso pra saber o que há na outra sala. Paga os 500 reais, entra numa sala em que há várias pessoas junto a uma janela. Abre caminho e vê pela janela um casal transando.
'Vocês pagaram 500 reais pra ver isso?', pergunta o homem. Um dos espectadores suspira e lhe diz: 'Isso não é nada! Você tinha que ter vindo ontem pra ver o homem transando com uma vaca'
hahah =D
Ele pensa: 'Bem, vamos começar pela de cinquenta'.
Entra e vê uma pequena sala, onde encontra uma vaca. Mas já que pagou, transa com a vaca.
Volta no dia seguinte, pois fica curioso pra saber o que há na outra sala. Paga os 500 reais, entra numa sala em que há várias pessoas junto a uma janela. Abre caminho e vê pela janela um casal transando.
'Vocês pagaram 500 reais pra ver isso?', pergunta o homem. Um dos espectadores suspira e lhe diz: 'Isso não é nada! Você tinha que ter vindo ontem pra ver o homem transando com uma vaca'
hahah =D
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Poeminha do dia
Quero
Quero que me diga
A distância que há entre amar e odiar
Quero que me mostre
A verdade escondida por trás do falso falar
Quando te encontrar,
Quero fazer o nosso mundo girar
Quero arrancar seu vestido
Gritar como louco em nosso desvario
Ficar mais um pouco
Brincando no seu corpo
Quero confundir minhas pernas com as suas
Te abraçar sob a luz da lua
não ligar pras horas que são lá fora
eternizar o momento, quero rolar pelo chão com você nessa hora
Quero seus lábios molhados escrevendo nos meus
Que querem que nessa noite eu seja todo seu
Quero
Você e eu
Matheus Marins
Primeira postagem aqui, primeiro poema que escrevi desde quando me entendo por gente.
That's all, folks!
Quero que me diga
A distância que há entre amar e odiar
Quero que me mostre
A verdade escondida por trás do falso falar
Quando te encontrar,
Quero fazer o nosso mundo girar
Quero arrancar seu vestido
Gritar como louco em nosso desvario
Ficar mais um pouco
Brincando no seu corpo
Quero confundir minhas pernas com as suas
Te abraçar sob a luz da lua
não ligar pras horas que são lá fora
eternizar o momento, quero rolar pelo chão com você nessa hora
Quero seus lábios molhados escrevendo nos meus
Que querem que nessa noite eu seja todo seu
Quero
Você e eu
Matheus Marins
Primeira postagem aqui, primeiro poema que escrevi desde quando me entendo por gente.
That's all, folks!
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