... e passou olhando para o prédio
dela com um misto de ciúme e costume. Uma pontada no peito por
ver-se de súbito desfalcado. Não fosse o orgulho, reconheceria a
saudade. A altivez, sua armadura, o prevenia dos olhares alheios mas
não o poupava de pagar com todas as insônias o que ele fizera e
deixara de fazer. Uma luta para evitar a turbulência de um avião
pousado num aeroporto em terremoto. Recolheu seus olhos vigilantes,
bruxuleantes sob a mesma luz que já antes o iluminara alegre e
ingênuo. Sentiu o nó na garganta que confundia o seu rumo e
continuou andando, amputado.
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