terça-feira, 8 de maio de 2018

Panapanã

Panapanã, do tupy: Coletivo de borboletas

Ao Ipê-Amarelo
que não era um Ipê-amarelo
e confundia a gente com o nome
e às borboletas amarelas com o formato.
Elas voavam nele
se assomavam a ele
notavam companheiras onde eram pétalas
ao ver uma, queriam namorar
Davam um cheiro, pousavam do lado
e sem perceber, a árvore já lhes assemelhara
e cada borboleta virara pétala.
Afortunadas borboletas,
quem as namorava era a árvore.
Anciã, em sua lonjura de tamanho,
um outono lhe custa um instante
e um bater de asas, uma eternidade
quando ela esperou inteiro o ano
para namorar em abril.
A pétala e a árvore faziam um amor inadiável,
E a borboleta
tombava
de extasiada
à sorte do
vento
vinha do alto,
desatando em chuva amarela
as efêmeras namoradas da árvore.

Matheus Marins


To the yellow ipe that wasn't an ipe but was yellow and used to confuse us with the name and the yellow butterflies with his yellow they used to fly on him get close to him notice partners where there was petals by seeing one, wanted to date them take a smell, land next to them and without noticing it, the three had already resembled 'em and each butterfly turned into petals. lucky butterflies who dated them was the three old in her vastness of size an autumn used to cost her an instant and a flap of wings, the eternity when she waited the whole year to flirt in april the petal the three used to make an unavoidable love and the butterfly fell on ecstatic to the wind comming from above unleashing in yellow rain the ephemeral girlfriends of the tree