Penso sobre a nova lei que multa quem joga lixo na rua.
Aprendemos a educar e a sermos educados pelo medo, não pelo bom senso. Desde o berço, em geral a criança aprende que nao deve fazer certas coisas, que se nao vai apanhar, ficar de castigo, ser privada de algo, sofrer, etc. mas normalmente nao aprende a ser crítica consigo mesma, experimentar e ver o caminho certo. Em suma, aprende como ser colonizada mesmo. Nessa questao, que vemos como uma maneira de educar, é que percebo um erro. A criança aprende desde entao que o limite é estabelecido pela ameaça, nao pelo que ela acha que é melhor ou nao ser feito. Portanto, no subconsciente, ser visto fazendo tem mais importância do que o fazer em questao. Por isso vamos parar de jogar lixo nas ruas: porque temos medo de perder dinheiro, coisa de grande importância como o brinquedo para a criança. Ou por medo de cometer um crime mesmo. De passar vergonha, ser privado de algo. Aí vem a obediência irracional. Essas pessoas nao vao deixar de jogar o lixo por que querem a cidade limpa. Vao deixar de jogar por que querem o melhor pra si, que é nao levar uma multa. O que importa é que elas vao parar de fazer.
Nao critico a medida tomada, de multar e tal. Critico a necessidade de tal medida ser criada porque fomos mal educados.
Que tenhamos cuidado ao educar nossos filhos e os ensinemos a raciocinar independentemente.
Ps: Nao tenho filhos, pensei antes de falar sobre filhos. E eles foram justamente o motivo de vir falar sobre o assunto, porque conversava com um amigo que é pai e, a partir dos dilemas de criaçao dele, percebi um reflexo em algo atual que vale para nós velhos e velhas.