"Qual é a parte da tua estrada no meu caminho?
Será um atalho
ou um desvio
um rio raso
um passo em falso
um prato fundo
pra toda a fome que há no mundo?
Noite alta que revele
Um passeio pela pele
Dia claro, madrugada
de nós dois nao sei mais nada."
E nada poderia expressar melhor o momento que o arrepio de nossas peles. Num dia que do quarto pra dentro era noite estrelada, uma noite em que nenhuma palavra foi dita, mas que todas de alguma maneira estiveram presentes no intervalo de tempo entre dois umbigos.
Depois dali sabe-se lá o que viria. Um sorriso, talvez um beijo para ameaçar o silêncio. Talvez a sua pele servindo de tela pra pintar o que a mesma me inspirou.